A taxa de mortalidade

A mortalidade de indivíduos em uma população pode ser expressa de diversas maneiras. A taxa bruta de mortalidade se usa para contar o número total de óbitos na população residente em determinado país, região, ou espaço geográfico durante um ano. Geralmente a taxa é expressa em número óbitos que aconteceram para cada mil habitantes.

A taxa permite comparar como atua a mortalidade em populações durante períodos de tempo específicos, ou pode ser usada para calcular o crescimento natural de uma população. Para realizar esse último cálculo se subtrai a taxa bruta de natalidade da taxa bruta de mortalidade.

Considerações sobre o indicador

A taxa é um indicador do nível de saúde de uma população, porém é necessário considerar as limitções desse tipo de dado ao fazer inferências em relação a dita taxa. O valor da taxa de mortalidade é fortemente influenciado pela estrutura etária da população e pela confiabilidade dos dados de população total residente e declarações de óbitos.

Países com predominância de pessoas idosas apresentam maiores taxas de mortalidade e países com maior população jovem têm, geralmente, taxas mais baixas. A taxa é pouco útil para comparar populações com perfil etário diferente. Nesses casos deve ser realizada padronização pela faixa etária das populações a serem comparadas e se comparam as taxas padronizadas. Altas taxas de mortalidade também podem ser encontradas em países ou regiões com condições de saúde deficientes, mas nesses casos é importante analisar as causas de óbito para reconhecer se uma alta proporção de óbitos é devida a causas preveníveis.

Referências:

Banco Mundial. DataBank - World Develpment Indicators, disponível em: https://databank.worldbank.org/metadataglossary/world-development-indicators/series/SP.DYN.CDRT.IN. acesso em: 23 abr. 2021.

RIPSA - REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES PARA A SAÚDE (Org.). Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações. 2a edição. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde, 2008.